Férias Frustradas (1983)

National Lampoon's Vacation. Comédia familiar estrelada pelo casal Chevy Chase e Beverly D'angelo. A família Griswold têm uma missão, viajar para o parque de diversões Walley World em suas férias. Mas as coisas não vão acontecer exatamente como planejado, especialmente porque Clark Griswold (Chase), além de ser um bufão, está mais interessado em uma loira misteriosa, dirigindo uma Ferrari vermelha (a bela modelo Christie Brinkley). Mas Clark não está sozinho, com ele vêm sua linda esposa Ellen (Beverly) e seus filhos Audrey (a bela Dana Barron) e Rusty (o lendário Anthony Michael Hall - MULHER NOTA MIL, CLUBE DOS CINCO). 

Ao longo do caminho para Walley World, tudo o que pode acontecer dá errado, e para piorar, acabam dando carona para a insuportável tia Edna (Imogene Coca), que acrescenta mais diversão e drama para essa história. O riso apenas aumenta cada vez mais quando vemos os "sonhos" de Clark ir por ralo abaixo. 

Chevy Chase está em seu melhor papel (embora ele também esteja bem em "Férias Frustradas de Natal"), interpretando um pai-otimista-real. O resto do elenco é razoável, e Beverly D'Angelo está surpreendentemente bem como mãe da turma. As duas crianças, Audrey e Rusty, são filhos típicos, mas não são óbvios, o que é outra coisa boa sobre esse filme. Não é nenhuma surpresa que John Hughes, escritor/diretor dos filmes de humor dos anos 80, escreveu isso, ou que Harold Ramis (Groundhog Day, Ghostbusters, Striped, Analyze This) dirigiu o filme. Com a participação de John Candy, Randy Quaid, Eugene Levy, Brian Doyle Murray (que interpretou o chefe de Clark em "Christmas Vacation") entre outros; "Férias..." é um triunfo cômico dos anos oitenta, e que agora é um ícone de como fazer um boa comédia sem apelativos. 

Também gerou mais três sequências de sucesso: "FÉRIAS FRUSTRADAS NA EUROPA"; "FÉRIAS FRUSTRADAS DE NATAL" e ""FÉRIAS FRUSTRADAS EM LAS VEGAS".

Direção de Harold Ramis.

Três Solteirões e um Bebê (1987)

3 Men and a Baby. Três amigos solteiros - o arquiteto Peter (Tom Selleck - "Magnum"), o artista Michael (Steve Guttenberg - "Loucademia de Polícia") e o ator Jack (Ted Danson - "Acertando as contas com o papai"), dividem um apartamento em Manhattan. Depois que Jack vai filmar na Turquia, seus dois companheiros são surpreendidos ao encontrarem um bebê (provável filha de Jack) - deixada em frente de sua porta. Os dois tentam cuidar da criança, e percebem o quão difícil isso pode ser. Será que esse bebê irá mudar o estilo de vida desses solteiros convictos?. É uma história simples, bem executada pelo diretor Leonard Nimoy (o eterno senhor SPOCK de Star Trek) em uma de suas incursões atrás das câmeras. 

A verdade é que há pouco a discutir sobre isso no filme. Tudo se resume a Guttenberg, Danson e Selleck em um apartamento cuidando de um bebê. A natureza leve e descontraída do filme, o torna uma experiência de visualização fácil. Mesmo um sub-argumento de estilo de suspense, adicionado ao enredo, não põe em perigo os personagens, e nem aumenta muito o perigo real da história. 

Os três atores principais são carismáticos e você pode facilmente ver por que as mulheres se apaixonariam por eles, embora seja importante notar que o bebê é o verdadeiro ladrão de cena aqui.

Soma-se a isso o talento das atrizes Nancy Travis (Sylvia), Margaret Colin (Rebecca) e Alexandra Amini (Patty); além das gêmeas-bebês Lisa e Michele Blair, que se revezaram no papel da garotinha Mary. Inspirado no clássico francês "3 Men and a cradlle", "Três solteirões..." foi uma das comédias de maior destaque da década, gerando mais duas continuações e grandes bilheterias ao redor do mundo.

Direção de Leonard Nimoy.

Arnold (1978-1986)

Diff'rent Strokes. Seriado norte-americano que trazia no elenco, uma das figuras mais carismáticas do showbusiness, o ator quase-anão Gary Coleman. A série narrava as desventuras do pai Philip Drummond (Conrad Bain) e de sua filha Kymberly (a linda musa Dana Plato), depois de adotarem dois meninos negros - Arnold (Gary Coleman) e Willis (Todd Bridges), vindos do bairro Harlem. Diff'rent Strokes é considerada por muitos não apenas uma das comédias de sucesso mais bem sucedidas na história da TV, mas uma das poucas, que obteve êxito, reunindo um elenco multi-racial. 

A estrela do show, é claro, era Coleman, com seu famoso slogan "Que papo é esse Willis?". Mesmo que fosse uma comédia, o programa não tinha medo de abordar questões sociais controversas, como abuso infantil, racismo, bulimia, divisão de classes e sexo, por exemplo. O roteiro era engraçado, mas também afiado, espirituoso e inteligente. 

Arnold tinha o melhor e mais divertido texto de todos os personagens, embora Philip também não estivesse tão longe. Arnold foi uma das razões pelas quais Diff'rent Strokes foi uma história de sucesso enorme, já que o talento cômico de Coleman era quase perfeito. Houve muitos outros shows e séries, que se concentraram em torno dos jovens como protagonistas principais, a maioria deles falharam, por não possuírem um personagem central como humorista, tão versátil quanto Arnold, dono de uma personalidade de quem os telespectadores podem se apaixonar imediatamente. Diff'rent Strokes não tinha apenas um, mas três personagens infantis: Kimberly, Willis e Arnold. O conceito era original e abordava a questão da adoção infantil, de maneira direta ao ponto, mas ao mesmo tempo combinava com piadas limpas e excelente humor. 

É uma pena que a notoriedade do show, tenha sido abafada, com problemas pessoais referente a esses 3 artistas infantis (Gary Coleman nunca mais conseguiu um papel de destaque depois da série, tendo morrido precocemente de forma suspeita em 2010, em um possível acidente doméstico; Todd Bridges se envolveu com drogas e criminalidade, sendo preso em várias situações; e Dana Plato se suicidou no fim dos anos 90, depois de se envolver com drogas e pornografia). Apesar de tudo, essa era uma ótima sitcom, estrelado por um pequeno cara com um grande coração, que estava destinado a ser um grande sucesso, e que capturou milhões de corações em todo o mundo. E como diria Arnold, "Que papo é esse Wills? rs

Esse ano, em 2018, será o 40º aniversário da série, desde a sua estréia em 1978.

Direção de Gerren Keith.

Alunos muito loucos (1992)

Class Act. Filme estrelado pela dupla de hip-hop Kid'n Play (que já havia aparecido no clássico FESTA DE ARROMBA). Sucesso de público e exibição na TV brasileira, no começo dos anos 90. Aqui, Duncan (Christopher Reid) é um aluno genial, enquanto Blade (Christopher Martin) é um delinquente juvenil irrecuperável. Mas por causa de uma troca de seus registros escolares no primeiro dia de aula, todos pensam que cada um é o outro. Agora, Duncan terá de lidar com a fama de bad boy/criminoso, enfrentando o valentão da escola, o bizarro gigante Wedge (Lamont Johnson). Já Blade, poderá desfrutar da vida de nerd por alguns dias. 

Sem dúvida, um filme muito engraçado, com uma excelente trilha sonora e bons momentos com o grupo Kid'N Play. Se você quiser uma viagem pela memória da cultura "black" do início dos anos 90, e uma lembrança de como era na escola aqueles adolescentes terríveis, este filme é para você. 

Ainda temos Karyn Parsons no papel de Ellen (a Hilary de UM MALUCO NO PEDAÇO), Doug E. Doug (o Sanka de JAMAICA ABAIXO DE ZERO) no papel de "pirulito", um malandro bem fanfarrão; Pauly Shore (lendário VJ da MTV americana), que interpreta o inesquecível Julian; e a bela Alysia Rogers no papel de Damita. A atuação no filme é boa, embora haja algumas partes lentas, mas o ritmo é ótimo. 

Gosto bastante dos movimentos e dos ângulos hábeis da câmera, um punhado de citações cômicas e outras divertidas curiosidades na escrita dos roteiros. É uma comédia clássica, não tão atrevida como as comedias atuais, mas tem mais risadas do que outras produções regulares dos anos 90. 

Dá para finalizar dizendo que, é um filme acima da média, embora pudesse ter sido melhor, se não tivesse cenas tão curtas o tempo todo (é como se algo acontecesse simultaneamente em muitos lugares). Uma boa lembrança daqueles tempos.

Direção de Randall Miller.

Corra Que a Polícia Vem Aí! (1988)

The Naked Gun: From the Files of Police Squad!. Produção cômica oitentista, estrelando o humorista Leslie Nielsen. O enredo é sobre as tentativas do detetive Frank em evitar catástrofes e atos terroristas, entre eles, o assassinato da Rainha Elizabeth II (muito bem interpretada pela sósia Jeannette Charles). O filme também é famoso por apresentar dois ícones trash da cultura pop, a modelo e ex esposa de Elvis, Priscila Presley no papel de Jane - namorada de Frank ; e o jogador da NFL e "possível" assassino OJ Simpson no papel de Nordberg - um dos amigos do detetive. "The Naked Gun" é sem dúvida o melhor espetáculo de todos os clichês de filme policial disponível. 

Funciona em todos os níveis concebíveis e alguns que ainda não foram concebidos. Mas o que o coloca no topo é Leslie Nielsen, com toda sua insanidade e delírio. Mas é claro que ele não está só, esta acompanhado por grandes nomes como George Kennedy (Ed), Presley (Jane) e Ricardo Montalban (Vincent). E o enredo também encontra bons momentos para John Houseman (o motorista) e Reggie Jackson (Angel Right Fielder). 

O filme vai bem até com os clichês do gênero, como perseguições de carros, pesquisas ilegais, a limpeza da mesa, a viagem para o laboratório da polícia, os tiroteios, o trabalho de casa laxista de um único detetive da polícia, etc., etc., etc. .....depois de tudo isso vêm a pergunta: será que podem OJ Simpson, Priscila Presley e Leslie Nielsen fazer comédia? Eu acho que você sabe a resposta. 

Também gerou mais duas sequências, Corra Que a Polícia Vem Aí! 2; e Corra Que a Polícia Vem Aí! 33 1/3 o insulto final.

Direção de David Zucker.

Os Gatões (1979 a1984)

The Dukes of Hazzard. Seriado norte-americano de grande sucesso mundial. Era protagonizada por Tom Wopat (Luke Duke), John Schneider (Bo Duke) e pela musa Catherine Bach (Daisi Duke). A série se passava no Condado de Hazzard, uma cidadezinha do interior da Geórgia, em que o Tio Jesse (Denver Pyle), tinha um rancho, em que sua principal atividade era a produção de bebida clandestina (o famoso uísque "moonshine"). Com a ajuda de seus sobrinhos Bo Duke e seu primo Luke Duke, eles faziam a comercialização da bebida, até que um dia eles foram pegos pela polícia. 

Como eram primários e de bons antecedentes, fizeram um acordo com o governo para impedir que fossem para a prisão. O acordo previa que eles não podiam ser novamente apanhados cometendo qualquer tipo de crime. Com certeza, uma das melhores séries da época, com muita aventura e corrida de carros (os caras estavam sempre acompanhados pelo inseparável General Lee, um Dodge charger rt 69 de cor laranja, com os números 01 estampados nas portas, e a bandeira confederada estampada no teto do carro). 

Confesso, que sempre detestei esse nome "os gatões", definitivamente não tem nada a ver com a série, deveriam ter adotado uma outra tradução para o Brasil. O seriado contava também com a bela musa - prima Daisy Duke (Catherine Bach), que era garçonete no bar "Ninho do Javali", de propriedade do Chefe J. D. Hogg (Sorrell Booke); Enos Strate (Sonny Shroyer), assistente do xerife Rosco; Cletus (Rick Hurst), primo do Chefe Hogg; o mecânico e faz-tudo Cooter (Ben Jones); e Lulu Hogg (Peggy Rea), mulher do Chefe Hogg, e irmã do xerife Rosco. 

Um exemplo de sucesso em diversos países, inclusive no Brasil, na época, exibido pela rede globo. Além disso, também virou jogo de video-game para os sistemas Atari 2600, e depois para o PS1 e para o PlayStation 2, baseado nos filmes recentes inspirados na série. Vida longa aos Dukes!

Direção de Paul Baxley.

Debi & Lóide 2: Quando Debi Conheceu Lóide (2003)

Dumb and Dumberer: When Harry Met Lloyd. Filme que conta a origem da dupla mais cretina do cinema. É a década de 1980, o momento em que Lloyd Christmas (Eric Christian Olsen) e Debi - Harry Dunne (Derek Richardson) se encontram. Os dois indivíduos são vistos por muitos como "especiais", e se tornam melhores amigos assim que se conhecem. O diretor escolar Collins (Eugene Levy) e sua amante, a Sra. Heller (Cheri Oteri), querem ganhar muito dinheiro com golpes, e sua próxima ideia é criar uma "classe de necessidades especiais". A Sra. Heller é a professora, e eles encarregam Debi e Lloyd de aproximar esses alunos especiais. 

A jornalista da escola, Jessica (Rachel Nichols), começa a suspeitar, e tenta desesperadamente descobrir a verdade, mesmo que para isso,  precise da ajuda destes dois idiotas. Este filme não é tão horrível quanto todos dizem, ele é um filme estúpido, mas é suposto ser, por isso tem esse nome. 

Todos dizem que teria sido melhor com Jim Carey e Jeff Daniel's, mas é claro, o resultado seria outro totalmente diferente. Os jovens Debi e Lloyd tem bastante química, não tanto quanto os mais velhos tinham, mas funcionam razoavelmente. Devo dizer que fiquei satisfeito com a atuação de Eric Christian Olsen (Lloyd) e Derek Richardson (Debi), que tiveram muito trabalho imitando Jim Carey e Jeff Daniels. 

Há bastante brilho cômico ao longo do filme, apesar de algumas falhas mínimas. Acho que o defeito maior vêm da falta de um objetivo fixo para Debi e Lloyd. No filme original, você sabia que o objetivo era entregar uma maleta para uma mulher em Aspen Colorado, então, não importa o que acontece durante todo o filme, você sabe o que eles estavam tentando realizar. 

Aqui, eles não têm um objetivo fixo semelhante. Mas, mesmo assim, dá para dizer que se trata de uma boa comédia, principalmente para quem é fã da série, que agora virou uma trilogia, com o novo episódio estrelando Jim Carrey e Jeff Daniels. Ainda têm no cast as belas Mimi Rogers e Holly Towne. Recomendado. 

Direcão de Troy Miller.

Charles in Charge (1984 a 1990)

Série cômica norte-americana, estrelada por Scott Baio e pelas belíssimas Nicole Eggert (SOS Malibu) e Josie Davies (Seriado da PUNKYE BREWSTER). Desenvolvida por Michael Jacobs, foi exibida na CBS entre 1984 e 1985; e depois revivida entre 1987 e 1990. Charles (Scott Baio), um estudante universitário, se muda com a família Powell, para ser seu "governanto", baby-sitter e amigo das crianças. Juntamente com seu melhor amigo Buddy (Willie Aames), Charles terá que gerenciar sua vida, especialmente a faculdade;, bem como orientar as garotas, e também o resto da família. 

Uma das melhores sitcoms a serem transmitidas, com Scott Baio e Willie Ames formando a maior dupla cômica, desde Abbott & Costello. Agora, adicione o resto do elenco, especialmente Jamie (Nicole Eggert) com sua própria linha de sarcasmo, drama e sensualidade. Além disso, tinha uma das maiores premissas para uma série: os adultos realmente entendem, são humanos e falíveis, confiáveis ​​e atenciosos. 

Eu aprendi a noção nobre de que, como adultos, todos nós temos a responsabilidade de ajudar os jovens através das dificuldades de suas vidas. Achei bem legal que Sarah (Josie Davis), mesmo se sentindo a "irmã feia", conseguia desempenhar um papel que girava em torno da "beleza interior", dando a ela uma atuação bem bacana. 

E o que dizer de Lillian (Ellen Travolta - Irmã de John Travolta na vida real), fazia tão bem o papel de mãe de Charles, que muitos acreditavam haver algum parentesco entre eles. Também trazia uma série constante de estrelas convidadas realmente interessantes, como por exemplo Meg Ryan, Christina Applegate, Samantha Smith, Pamela Anderson, Tiffani Thiessen etc. 

Infelizmente, este seriado nunca foi exibido no Brasil, mas se acha facilmente os episódios no youtube. Se você gosta de roupas coloridas, gatas de cabelos estilosos, e aquela boa e velha moral-paternal dos seriados oitentistas, "Charles..." é a série ideal para você.

Direção de Alan Rafkin, entre outros.

Um Amor de Família (1986 a 1997)

Married with Children. Imagine uma família formada por um vendedor de sapatos fracassado (Al Bundy - interpretado por Ed O'Neil), uma esposa malandra (Peggy - Katei Sagal), uma filha loira/bonita/burra (Kelly - Christina Applegate) e um filho quase tarado (Bud - David Faustino). Junte a eles, um casal de vizinhos chatissimos (Marcy e Steve - Amanda Bearse e David Garrison) e mais o simpático cão Buck. São esses os protagonistas de uma das melhores séries de humor negro da história. Al Bundy é um vendedor de sapato de meia idade, mal sucedido, com uma vida miserável e uma família igualmente disfuncional. 

Ele tem uma esposa muito atraente, mas preguiçosa, chamada Peggy, que mata seu tempo com TV, enquanto gasta o pouco dinheiro que ele ganha em coisas fúteis. Ele também tem uma filha promíscua chamada Kelly, que compensa em atratividade o que ela não tem em QI; e um filho adolescente, meio pilantra, chamado Bud. 

Para piorar a miséria de Al, ele possui um casal de vizinhos politicamente corretos e insuportáveis, Marcy e Steve. Quando Marcy e Steve finalmente se separaram, ela continua morando ao lado dos Bundys e Steve muda de cidade para ser um guarda florestal (com isso, seu personagem sai da série). Mais tarde, Marcy se casa com um gigolo chamado Jefferson (Ted McGinley - A VINGANÇA DOS NERDS), que é a versão masculina de Peggy. 

A sitcom gira em torno das tentativas sem fim de Al para melhorar sua vida, o que sempre o leva de volta para onde ele começou, ou seja, para o nada. Ao longo dos anos, a série teve inúmeras e curiosas participações especiais, entre elas a banda de heavy metal Anthrax e a modelo ucraniana Milla Jovovich. Disparado uma das melhores sitcoms do período, trazia inúmeras piadas de humor negro, impossíveis de serem reproduzidas atualmente. O programa foi a primeira comédia exibida pela então emergente rede de TV FOX, tornando-se também um de seus primeiros sucessos. 

Ficou praticamente dez anos no ar na Tv americana. No Brasil, o primeiro canal a exibir a série foi a HBO Brasil, nos primórdios da chegada da TV a cabo, em 1994. Depois os episódios também foram exibidos nos canais Showtime, Sony, Bandeirantes, PlayTV (só as três primeiras temporadas), Canal 21 e atualmente no canal TCM desde 1 de junho de 2016. Com certeza, um dos melhores momentos da história da televisão mundial, e se você nunca se pegou cantarolando "Love and Married" do gênio Frank Sinatra....não sabe o que está perdendo. Vida longa aos Bundy!!!!

Direção de Gerry Cohen, entre outros.

Quanto mais idiota melhor (1992)

Wayne's World. Mais um clássico estrelado por um dupla cômica. Nem precisa dizer que este filme, inspirado em um quadro do "Saturday Night Live", foi um dos maiores sucessos de bilheteria. O enredo é bem simples, narra a vida de dois amigos adolescentes retardados e fãs de heavy metal, Wayne (Mike Myers) e Garth (Dana Carvey), que apresentam um programa alternativo, de TV a cabo de acesso público em seu porão. Tudo começa a mudar quando eles resolvem aceitar um patrocinador com "segundas intenções". Paralelo a isso, Wayne se apaixona pela bela musa Cassandra (Tia Carrere), vocalista da banda Escárnio Crucial. 

Um dos aspectos legais, é ver Wayne e Garth conversarem diretamente com a câmera (o que só eles são autorizados a fazer). Quando o produtor maligno Benjamin (Rob Lowe) quer colocar o programa na televisão nacional, Wayne e Garth se recusam a vendê-lo. Enquanto isso, o mesmo Benjamin tenta roubar a namorada de Wayne, Cassandra, durante a gravação do clipe da banda dela. Este filme está cheio de piadas, algumas tolas, outras inteligentes. 

Mike Myers e Dana Carvey mergulham profundamente em seus personagens como Wayne e Garth, e fazem um trabalho inesquecível, provocando risos sem parar. Há várias participações especiais, como os roqueiros Alice Cooper/Meat Loaf, Ed O'Neill (AL Band), o humorista Chris Farley, os caras da banda Cold Sweat e as belas Lara Flynn Boyle e Donna Dixon. 

Em meio a tudo isso, você também encontra paródias de cultura pop, outros convidados especiais, a famosa cena de "Bohemian Rhapsody", e múltiplas escolhas para o fim do mesmo filme. Destacam-se também o humor juvenil com linhas infinitamente citáveis ​​(incluindo um dos primeiros usos da frase "isso é o que ela disse"), e você tem um filme que - mesmo quase trinta anos depois - ainda mexe com os telespectadores, independentemente da idade. 

Ainda no final, quando a necessidade de encerrar a história de forma limpa pode arruinar muitas comédias, 'Wayne's World' mantém seu senso de humor "refinado". 'Wayne's World','Wayne's World' Excelente! - se você já ouviu essa frase, sabe do que estamos falando. 

Direção de Penelope Spheeris.

Bill & Ted - Uma Aventura Fantástica (1989)

Bill & Ted's Excellent Adventure. Um dos gêneros mais explorados no cinema, são os filmes com duplas cômicas, desde a época de "O GORDO E O MAGRO", passando pelos doidões "CHEECH E CHONG", entre outros exemplos. Lançado em 1989, Bill (Alex Winter - OS GAROTOS PERDIDOS) e Ted (Keanu Reeves - MATRIX) trazia a aventura/ficção destes dois adolescentes nerds e sem-noção. Na pequena cidade de San Dimas, a poucas milhas de Los Angeles, há dois adolescentes sem-cérebro,  que atendem pelos nomes de Bill S, Preston ESQ. e Ted Theodore Logan. 

Eles têm um sonho de começar sua própria banda de heavy metal, os "Garanhões Selvagens". Infelizmente, ainda estão no ensino médio e quase reprovados. Se não passarem no seu próximo relatório de história, serão separados, pois o pai de Ted o enviará para a escola militar. Mas o que Bill e Ted não sabem, é que eles devem permanecer juntos para salvar o futuro. 

Então, um homem do futuro chamado Rufus (George Carlin), vem ajudá-los com os exames. Bill e Ted, usando uma máquina do tempo, decidem trazer o maior número de personagens históricos do passado, para ajudar em seu exame de história, e com isso poderem ficar juntos para suas ambições musicais. A comédia aqui é razoável, o filme funciona melhor como uma aventura. A atuação é boa, apesar de todo mundo criticar Keanu Reeves por isso, mas acho que ele está bem. Alex Winter desempenha um papel excelente. 

O resto do elenco é apenas aceitável (como curiosidade, temos Jane Wiedlien, guitarrista da banda Go-Go's; interpretando Joana D'arc). Não só a comédia está presente, mas há algum tipo de ficção científica realmente boa nesse filme. A cena em que Bill e Ted conhecem o "futuro Bill e Ted", é incrivelmente bem feita, e uma ideia bem legal. Ainda temos as belas Diane Franklin e Kimberley Kates, como princesas Joana e Elizabeth, respectivamente. 

Em suma, eu definitivamente recomendaria ver este filme. Não é uma história complexa, é apenas um monte de diversão. Tente não levar o filme muito a sério, e espero que o aproveite uma das maiores produções subestimadas da década de 80.

Direção de Stephen Herek.