quarta-feira, 7 de junho de 2023

Deu a louca nos monstros (1987)


The Monster Squad. Nesta comédia/paródia de terror, Drácula (Duncan Regehr) está vivo novamente. Na verdade, ele planeja governar o mundo e é por isso que ele procura a ajuda de outros monstros lendários, como Frankenstein e a criatura do lago. No entanto, várias crianças consideradas "nerds" descobrem o plano macabro, e se preparam para defender sua cidade natal.



Este grupo de jovens, possuem um clube na casa da árvore, e se autoproclamam fanáticas por terror. Mal sabem que o entusiasmo no gênero, se tornará útil quando sua cidade for subitamente invadida por Drácula e alguns outros vilões de terror memoráveis. O vampiro começa a aterrorizar as ruas, tentando localizar um poderoso amuleto, com potencial para causar desastres graves.




Quando ninguém mais acredita nas crianças, ou quando os métodos tradicionais de combate ao crime não funcionam (prender o Lobisomen em uma cadeia normal, nos parece um pouco estúpido, não é?), a patrulha monstro (com a ajuda do vizinho "alemão assustador" e de Frankenstein, que resolve mudar de lado e ajudar os garotos) assume as coisas para salvar o dia. Este filme foi ótimo porque, embora os monstros possam parecer toscos (sem esquecer que é tecnicamente um filme de terror familiar), ele ainda tem grandes qualidades. As crianças são realmente muito legais (especialmente Rudy, mesmo que ele use as calças excessivamente apertadas). "The Monster Squad" é uma produção cult muito divertida, com uma história engraçada que envolve aventura, comédia sombria e horror.



 

Uma bela trilha sonora, um grande elenco (Andre Gower, Robby Kiger, Ryan Lambert, Stephen Macht e Jon Gries) e muita diversão! Os fãs de filmes obscuros dos anos 80, certamente terão um ótimo material por aqui e sem contra-indicação. Nota 9.

Direção de Fred Dekker. Nota 8. 

terça-feira, 5 de abril de 2022

Meus Vizinhos são um Terror (1989)


The Burbs. Em um bairro típico dos EUA, uma nova família se muda, ao lado do desconfiado vizinho Ray Peterson (Tom Hanks). Essas novas pessoas são realmente estranhas; ninguém os vê, sua casa é uma verdadeira bagunça, e durante a noite você pode ouvir barulhos suspeitos no porão. A única coisa que se sabe é o nome deles: Klopeks. Um dia, o personagem Walter (Gale Gordon), um velho do bairro, desaparece subitamente e todos começam a suspeitar dos Klopeks. 


O enredo não é tão relevante neste filme, mas sim os personagens que se enredam nele. No elenco fantástico, temos Tom Hanks, que interpreta o vizinho cético, da nova família no quarteirão (um monte de excêntricos que nunca saem de casa); Rick Ducommun, que interpreta Art, o amigo guloso de Hanks, convencido de que os novos vizinhos são assassinos que sugam cérebros; Bruce Dern, é Mark, o ex-soldado que ainda não deixou suas raízes militares para trás; e por último, mas não menos importante, Corey Feldman, que interpreta Rick, o vizinho idiota adolescente, que basicamente assiste os eventos do filme se desenrolarem, no conforto de sua varanda da frente. 


Esses personagens são tão bem-humorados e tão malucos, que você só precisa acreditar que há um bairro em algum lugar, com pessoas como essas. A química entre todos os personagens é simplesmente impressionante, e muito do humor do filme, vêm da maneira ridícula, em que o diretor retrata suas interações. Eu desafio qualquer pessoa que tenha visto esse filme nos anos 90 (passava direto na Globo), a assisti-lo novamente, desta vez prestando pouca atenção à história, e concentrando-se nos personagens soberbamente interpretados. 


Apesar de alguns pequenos problemas, continua sendo um filme extremamente engraçado, com um diálogo fantástico e performances muito boas de seu elenco. Para os fãs de humor negro, "Meus vizinhos..." é um antídoto perfeito, para o excesso atual de comédias desagradáveis ​​de Hollywood. Nota 8,5.

Direção de Joe Dante.


sexta-feira, 2 de julho de 2021

O Balconista (1994)

CLERKS. Comédia norte-americana. Estrelada por Brian O'Halloran como Dante Hicks, e Jeff Anderson como Randal Graves. O filme mostra um dia na vida de dois balconistas tolos e atrapalhados. Clerks foi o primeiro filme no estilo "View Askewniverse" (é um universo ficcional criado pelo escritor/diretor Kevin Smith , apresentado em vários filmes, quadrinhos e série de televisão), introduzindo vários personagens e locações, que dariam base para os próximos filmes.  Dante é o balconista no Quick Stop, uma loja de conveniência em New Jersey. No seu dia de folga, ele é chamado para substituir o posto de seu colega, que alega estar doente. Depois de discutir, ele acaba concordando, sob a promessa de ser liberado ao meio-dia, para seu jogo de hóquei. 

Quando ele chega, se depara com vários problemas. Os portões externos não abrem, porque alguém colocou goma de mascar nas fechaduras. Ele é obrigado a escrever "Eu te asseguro, nós estamos abertos", com graxa de sapato em uma folha, e  colocar na frente da loja. Logo depois, um homem entra na loja para comprar café e recomenda que um cliente compre chiclete no lugar de tabaco, após lhe mostrar um pulmão cheio de nicotina. 

Ao mesmo tempo, uma multidão se forma a redor de Dante, acusando-o de estar "vendendo a morte". Depois de Dante ser atacado com cigarros, sua namorada Veronica Loughran (Marilyn Ghigliotti) entra, agindo rapidamente, disparando um extintor de incêndio na multidão. Entre os personagens do filme, estão Jay (Jason Mewes) e Bob Calado (Kevin Smith), que são os verdadeiros astros do filme, apesar de não serem os protagonistas. 

Eles vendem "erva" em frente à loja, onde toda a ação ocorre. Apesar de ser classificado como comédia, O BALCONISTA está longe de ser engraçado, é um filme "referência", onde a graça está toda em comentários sobre STAR WARS ou jogos de Hoquéi. Merece respeito por ser "quase" independente, e trazer um suposto humor inteligente, diferente das produções toscas dos anos 90. Nota 6,5.

Direção de Kevin Smith.


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Um Princípie em Nova Iorque (1988)


Coming to America. Estrelando dois astros do humor americano: Eddie Murphy e Arsenio Hall. É o 21º aniversário do príncipe africano (Murphy) de Zamunda, e ele deve se casar com uma mulher que nunca viu antes. Agora, o herdeiro do trono rompe com a tradição e viaja para o Estados Unidos, em busca do amor de sua vida. Talvez o maior êxito na carreira de Murphy, o filme apresenta muitas cenas e personagens hilariantes, especialmente um grupo de idosos obcecados por boxe, que passam seus dias discutindo com um dono de uma barbearia. 


Murphy e Hall, demonstram seus níveis de versatilidade, ao se submeterem a uma maquiagem pesada, e interpretar vários papéis diferentes. A presença de Arsenio Hall (outro gênio cômico, e que possuía seu próprio programa na TV americana) como o segundo protagonista, é responsável pelo sucesso, já que ele literalmente supera todos os outros atores, criando a dupla perfeita de quadrinhos, que esse tipo de história precisa. 


Ainda temos no elenco: James Earl Jones, Madge Sinclair, Shari Headley, John Amos, Eriq La Salle, Louie Anderson etc., todos escolhidos a dedo, para dar suporte a Eddie, razão pela qual, Murphy é um dos atores mais engraçados da história recente de Hollywood. Como uma comédia-romance (e não uma comédia romântica) o filme tem algumas situações previsíveis, mas oferece o que é esperado: humor, um final feliz (?), e muitas cenas de sucesso, que podem ser assistidas, independentemente de seu contexto. 


Uma ótima produção para se ver, e re-assistir; seu status clássico não pode ser negado, mesmo após 30 anos depois de seu lançamento, a imagem de Murphy como o Velho Judeu, e Arsenio Hall como mulher, será para sempre associada aos anos 80, uma década em que os filmes eram feitos apenas por diversão, e apenas para diversão. Nota 10.

Direção de John Landis.


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Top Gang! Ases Muito Loucos (1991)

 Top Gang! Ases Muito Loucos (1991). Topper Harley (Charlie Sheen), um piloto de caça, é convocado para servir no SS Essess. A missão de Topper é destruir as usinas nucleares de Saddam Hussein. Infelizmente, Topper é psicologicamente desequilibrado e com certeza acabará "comprometendo" a missão. Aqui está a fórmula básica para dissecar este filme: "Se apertem os cintos..." gerasse um único filho, (em vez de um gênero inteiro), você teria "Top Gang". Charlie Sheen, Valeria Golino, Cary Elwes e Lloyd Bridges fornecem os papéis principais, e estão todos hilários em suas respectivas cenas. 


Para algumas pessoas, esse tipo de humor é infantil e não provoca muito mais do que uma simples risada. Para outros, no entanto, as  visões tolas e a hilariante comédia física, o farão rir. A química entre Sheen (Top) e Golino (Ramada) é incrível; Elwes está no seu melhor papel, enquanto Bridges basicamente rouba a cena, como o velho general cômico que sempre parece salvar o dia. 


Charlie Sheen apresenta uma performance verdadeiramente hilária como Topper - um homem em uma missão, de várias maneiras. As cenas de SUPERMAN e DANÇA COM LOBOS são inspiradoramente engraçadas, e o filme vai bem no geral. Eu recomendo isso para quem gosta não só de comédias, mas obviamente de paródias (TOP GUN é claro). Jim Abrahams, o diretor e co-roteirista deste filme, é conhecido por suas aventuras cômicas completamente malucas, com protagonistas anti-heróis, e personagens/vilões absolutamente estereotipados, com destaque para as séries APERTEM OS CINTOS.... e CORRA QUE A POLÍCIA VEM AI. 


Trata-se de uma produção difícil de se explicar na simples descrição. Você realmente precisa sentar, e assistir para determinar se é o tipo de comédia para você, e assim perceberá dentro dos primeiros minutos rsrs. Nota 8,5.

Direção de  Jim Abrahams.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Uma Mistura Especial 2 (1990)

Zapped Again!. Sequência do clássico ZAPPED, de 1982. O jovem problemático Kevin (Todd Eric Andrews), se muda para uma nova escola. Em pouco tempo de convívio, ele se torna inimigo número um, dos alunos ricos e esnobes. Como consolo, ele passa a andar com os estudantes menos populares e decide entrar para o falido "Clube da Ciência'. Mas quando Kevin encontra uma poção mágica (um suco de ameixa, escondido em um cofre na escola), ele passa a ter poderes telecinéticos. Agora, ele terá a chance de se vingar dos populares, além de se divertir um pouco. 


Andrews está brilhante neste filme (apesar de ser muito descolado, para ser um nerd), interpretando um personagem muito espirituoso e carismático. Sua presença não é apenas suficiente para compensar uma trama boba, e um romance previsível com a garota nerd Lucy (Kelli Williams), mas ele também é capaz de elevar essa sequência, a um nível quase semelhante ao do primeiro filme. 


São vários momentos divertidos, e eles são realmente engraçados desta vez, com personagens agradáveis, mesmo que muito bobos, e Andrews claro, liderando o elenco. Assim como no primeiro filme, não espere cenas eróticas, apesar de conter alguma nudez. Também não é de se esperar algum tipo de conhecimento científico, porque toda a ciência por aqui, não é examinada profundamente (ou levada a sério). 


Outra parte curiosa, é a participação da atriz Linda Blair (O EXORCISTA), infelizmente ela não estava em um momento muito bom de sua carreira, por isso a colocaram em um papel pequeno, como a professora sexy do colégio. Apesar de não ser tão bom como o primeiro filme, é uma produção feita para assistir por diversão e de maneira descompromissada, sendo um dos filmes mais exibidos na antiga Sessão da Tarde. Nota 8,5.

Direção de Doug Campbell e Jake Hooker.

American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível (1999)

Jim (Jason Biggs), Oz (Chris Klein), Finch (Eddie Kaye Thomas) e Kevin (Thomas Ian Nicholas) são quatro amigos que fazem um pacto: antes de se formarem, devem todos perder a virgindade. A parte mais difícil agora é, como atingir esse objetivo na noite do baile. Oz decide cantar para chamar a atenção e Kevin tenta convencer sua namorada; Finch resolve espalhar boatos, enquanto Jim falha miseravelmente em suas presepadas. Estes párias conseguirão seu objetivo de transar nesta data especial? Ou eles aprenderão algum tipo de lição moralista? American Pie é a continuação natural da típica comédia adolescente, já explicitada em clássicos como PORKYS e A VINGANÇA DOS NERDS, trazendo uma nova roupagem para os "modernos" anos 90. 


Aqui já não temos mais os jovens caretas de "camisa para dentro da calça", como nos anos 70, e nem os adolescentes (atores) com mais de 30 anos, como nas chanchadas oitentistas. American Pie é uma franquia levemente interessante, com bom humor e um enredo engraçado. Para uma comédia adolescente moderna, é melhor do que as outras demais. O roteiro é meio estúpido, e os personagens são extremamente imaturos para a idade, mas é isso que a torna engraçada, e definitivamente melhor do que suas sequências. 


Em alguns momentos, o filme pode ser obsceno e rude, mas com certeza é divertido. Difícil é alguém não curtir as performances "estelares" dos quatro personagens principais. 


Todos eles têm maneiras diferentes de alcançar seu objetivo final, o que os leva a encrencas hilárias. No fim das contas, eles alcançam sua meta, como em todas as comédias da natureza americana. Podemos finalizar dizendo que, American Pie está longe de ser genial, mas, sua importância está no fato de trazer de volta, o gênero das comédias sacanas novamente para dentro dos cinemas. Nota 8.

Direção de Paul Weitz.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

The Vals - Festa de Fantasmas. (1983)

 The Vals - Festa de Fantasmas. (1983). Sam (Jill Carroll), Trish (Elena Stratheros), Beth (Michele Laurita) e Annie (Gina Calabrese), são quatro "garotas do vale", entediadas com shoppings e festas de fraternidade. Elas conhecem o gentil Sr. Stanton (o premiadíssimo ator John Carradine), que está administrando uma casa para meninos órfãos, que ​​corre o risco de ser desativada, se não conseguirem o dinheiro do aluguel. Além disso, um dos orfãos se envolveu com tráfico de drogas. Quando o Mercedes de Trish é perdido em uma aposta, onde suas rivais de Beverly Hills trapaceiam, o caos se instala na vida das garotas. 


Com a ajuda de seus namorados, as garotas do Vale querem salvar a casa do Sr. Stanton, e se vingar dos ladrões-de-carro arrogantes de Beverly Hills, em uma revanche. A atuação parece bem ruim e extravagante aqui (com exceção de Jill Carol, as outras três atrizes desapareceram completamente da mídia). Há duas versões diferentes deste filme, uma é a versão censurada, e a outra é uma versão de vídeo "X-rated", com alguma nudez e palavrões. 


Na versão rated, há uma cena de festa, onde Gina Calabrese está se divertindo com vários estudantes, em um quarto. Bem, não se mostra muita nudez, poderia ter tido mais. O filme ficou disponível nas prateleiras de 83 a 86, quando sua licença venceu... agora está fora de catálogo ... e não aparecerá novamente....(ainda bem que existe youtube!). Sobre a trilha sonora, se destaca a música "Girls In The Valley" de Frankie Bleu, que parece ser a faixa de destaque. 


Os créditos finais dizem "trilha disponível na gravadora Unicorn", mas dificilmente acho que algum disco foi lançado na época. O resto das músicas é do tipo "ouça ou não", mas eu adoraria ser capaz de conseguir "Girls In The Valley", em uma versão de melhor qualidade algum dia. É uma típica produção oitentista ruim, mas com um belo elenco de atrizes. Vale a pena dar uma espiada. Nota 8.

Direção de James Polakoff.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

WACKO - Uma Comédia Maluca (1982)


Um filme paródia, ou uma paródia em forma de filme (?). Um psicopata chamado "The Lawnmower Killer", que usa uma abóbora na cabeça, e mata pessoas comuns, aterroriza uma cidade pequena. Cabe ao detetive Dick Harbinger (Joe Don Baker), impedir a matança e detê-lo. Com certeza, um dos piores filmes da história, com um dos melhores elencos de Hollywood (George Kennedy, Stella Stevens, Julia Duffy, Anthony James, Elizabeth Daily, Sonny Carl Davis, David Drucker, Charles Napie, Andrew Dice Clay). 


O principal problema com esse filme, é que para cada piada divertida ou elemento engenhoso de paródia, há uma média de duas dúzias de piadas ruins mal colocadas, patéticas e bem ultrapassadas. Algumas delas são tão deploráveis, ​​que você vai se sentir envergonhado, pelos atores envolvidos. No entanto, este é uma pequena produção obscura, com um elenco peculiar e um punhado de sequências intrigantes (curiosas e ruins). 


Treze anos depois, de ter testemunhado sua irmã ser cortada pelo assassino da cortadora de grama, Mary (Julia Duffy) está se preparando para ir ao baile de Halloween com o seu namorado, Norman Bates (Scott McGinnis). Na mesma manhã, no entanto, um louco suspeito de ser o assassino, escapa do manicômio próximo, para dar início, a uma nova matança......O roteirista/diretor Greydon Clark fez um punhado de filmes notavelmente excêntricos e memoráveis, como "Líderes de torcida satânicas", "Sem Aviso", e o ridiculamente atroz "Lâmbada, a dança proibida". Todos os três, eram na verdade mais interessante do que o "Wacko". É realmente estranho, que Clark conseguiu reunir um elenco tão respeitável. "Wacko" é estrelado por veteranos como Joe Don Baker (CABO DO MEDO), Stella Stevens (O DESTINO DO POSEIDON) e George Kennedy (REBELDIA INDOMÁVEL). 


Há também atores com mais de 30 anos de idade, que desempenham o papel de adolescentes do ensino médio, como Andrew Dice Clay (FÉRIAS DO BARULHO), em uma paródia curiosa de John Travolta. É recomendável, para quem tiver coragem e estômago, portanto, não é muito recomendável rsrs. Nota 6,5.

Direção de  Greydon Clark.

terça-feira, 3 de março de 2020

O Homem da Califórnia (1992)

Estrelando Sean Astin (OS GOONIES) e Pauly Shore (famoso apresentador da MTV Americana). Stoney (Shore) e Dave (Astin) encontram um homem das cavernas (Brendan Fraser - OS CABEÇAS DE VENTO) preso no gelo. Eles resolvem descongela-lô, e dar uma volta pela cidade com ele. Embora este ser primitivo, seja lento para entender os conceitos básicos da vida do século 20, ele não tem problemas em impressionar as garotas, e assim ajudar Stoney e Dave, a se dar bem em seus esquemas. Esta produção não têm meio termo, pode ser hilária, ou pode ser absolutamente horrível. Eu sou alguém que curte. 


Eu até entendo as pessoas que não gostam. Provavelmente, não gostam do roteiro, da atuação, e do fato de que isso não é realista. Mas pessoas como nós, adoram esse filme porque é engraçado, e acreditamos ser uma história verossímil (para falar a verdade, boa parte da curtição, não está na "realidade do roteiro"). Pauly Shore está bem engraçado. Isto não é como seus filmes ruins, que ele fez a vida toda. 

Então, no final, você pode gostar, como eu, ou você pode odiá-lo, como a maioria das pessoas. Eu curto! É tolo, mas possui aquela magia clássica do cinema adolescente, dos anos 80-90. Este é um ótimo trabalho. O elenco é bom, os personagens e atuação são ótimos, e a história é boba, mas boa, ao mesmo tempo. Há até algumas cenas comoventes aqui e ali (há uma forte moral no filme sobre a individualidade, e sobre o que é realmente ser "Cool"). 


Se você gosta de algum dos atores mencionados acima, não deixe de conferir, ou se você simplesmente curte uma boa e boba comédia, esta é a escolha certa para você. Espero que você goste, tanto quanto eu. Nota 9.

Direção de Les Mayfield.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

As Grandes Aventuras de Pee-wee (1985)

Pee-Wee's Big Adventure. O caricato personagem infantil Pee-wee Herman (o lendário ator Paul Reubens), sai em uma grande aventura, quando sua amada e nova bicicleta é roubada por seu inimigo Francis Buxton (Mark Holton), um irritante garoto rico do bairro. Pee-wee inicia uma jornada obsessiva pelo país, determinada a recuperá-la. As tentativas desajeitadas e infantis de Pee-wee, podem resultar na perda de sua amada amiga de duas rodas, para sempre. Esta produção não é o melhor, quando se trata de comédia, algumas piadas são um pouco chatas, e o filme no final, pode parecer uma confusa loucura. 


No entanto, o roteiro é bom e simpático, você não apenas tem as atuações, mas também uma história interessante, sobre um cara que ama tanto a sua bike, que tem que viajar para encontrá-la. O humor de Paul Reubens (BATMAN; QUASE HERÓIS) pode não ser do gosto de todos, mas aqui ele está bem engraçado. Ele é acompanhado por um grande elenco, incluindo Elizabeth Daily, Cassandra Peterson (a intérprete de ELVIRA) e a até a lendária banda de heavy-metal Twisted Sister. 


A produção parece razoável, com ótimas locações e cinematografia. A trilha sonora de Danny Elfman é brilhante. Tim Burton dirige maravilhosamente também, e o roteiro é bem cômico, enquanto a história é envolvente e tem muitos momentos divertidos (muitos para citar na verdade); o filme se move rapidamente, com poucos momentos entediantes. Burton, sempre será lembrado por um longo tempo, por fazer seus filmes góticos e muito sombrios; que embora sejam na maioria humorísticos, eles nunca aparentam tanto como este. 


Pee-wee não é exatamente obscuro,  e apresenta uma história de fácil assimilação, não é necessariamente infantil, porém os mais jovens também podem gostar dele. Nota 8,5.
Direção de Tim Burton.

Popeye (1980)

O marinheiro Popeye (Robin Williams) chega em uma cidade à beira-mar chamada Sweethaven. Lá ele conhece Dudu (Paul Dooley), um homem amante de hambúrguer; Olivia Palito (Shelley Duvall), o futuro amor de sua vida; e Brutus (Paul L. Smith - uma espécie de sósia de Bud Spencer), um enorme e malvado pirata, que está disposto a destruir Sweethaven. Popeye também descobre seu Pai, há muito tempo perdido no meio de tudo. Então, com seus novos amigos, Popeye sai para enfrentar Brutus, usando o poder do sagrado espinafre. Essa é aquela típica produção naturalmente tosca e sem muito nexo. Deve ser desfrutada, assim mesmo. Como Popeye, é o que é. E para muitos, uma obra prima. 


Este foi o primeiro papel "sério" de Robin Williams, e ele trouxe muita humanidade e emoção para esse personagem, por isso se tornou um grande astro. Shelly Duval (O ILUMINADO - infelizmente se afastou do cinema, para tratar problemas psiquiátricos) nasceu para interpretar Olivia, e não desperdiçou a chance de interpretar esse grande personagem. 


E em um papel menor, também temos Bill Irwin como Ham, um ex-namorado trapalhão. A trilha sonora de Harry Nilssons, é perfeita e suas canções ajudam a esboçar os motivos e emoções dos personagens ("He Needs Me", cantado por Duvall, é uma delas). Uma produção datada e minimalista, mas bem carismática. 


A verdadeira estrela do show, no entanto, é a atmosfera que o diretor evoca, trazendo para as telas, uma das melhores e mais simples, histórias em quadrinhos do mundo. Nota 9.

Direção de Robert Altman.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Quase igual aos outros (1985)

Just One Of The Guys. A garota Terry Griffith (Joyce Hyser) tem tudo - aparência, popularidade, o namorado perfeito da faculdade, e uma grande chance de ganhar um estágio de verão, no jornal local ... ou assim ela pensa. Quando o professor de jornalismo de Terry, invalida seu artigo, em favor de outros textos escritos por garotos, Terry está convencida de que o sexismo é o culpado. Determinada a ganhar o estágio a qualquer custo, Terry se disfarça de homem, em uma escola secundária rival, para ter seu artigo aceito.... Mas Terry enfrentará mais do que ela esperava: conflito com um típico valentão, assédio de uma nova amiga do sexo feminino, e paixão por seu novo amigo Rick (Clayton Rohner).


Esse na minha opinião, pode ser o mais subestimado filme da década, também um dos melhores. Tem comédia, drama e romance. A melhor coisa sobre ele, é ser de fácil assimilação. Em um momento ou outro, todos nós encontramos o valentão, o amigo com quem convivemos, o cara/menina que realmente gostamos, e todas essas encrencas relacionadas a escola. 


Um bom filme cômico dos anos 80, no melhor estilo High School  (OK, não vai ganhar um Oscar - e nem precisa). É mais engraçado para os caras, eu acho. Billy Jacoby como o irmão Buddy, rouba o filme como um adolescente semi-tarado. Ele tem muitas cenas hilárias e boas falas. 


Não perca, se você gosta de comédias oitentistas (ou de qualquer era). Ainda temos no elenco William Zabka (KARATE KID; DE VOLTA AS AULAS), no papel de Greg. A estrela, Joyce Hyser também é uma agradável surpresa. Apenas um filme incrível, que todos deveriam ver e que durante anos, bateu recordes de exibição na sessão da tarde. Nota 8,5.

Direção de Lisa Gottlieb.