quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

OSCAR (1991)

O filme de humor que quase destruiu a carreira de Sylvester Stallone. Na década de 20, Angelo "Snaps" Provolone (Stallone) fez ao pai moribundo, uma promessa em seu leito de morte: deixaria o mundo do crime e se tornaria um homem de negócios honesto. Apesar de não ter experiência em ganhar dinheiro de forma legal, Snaps se prepara para cumprir sua promessa. Ele se depara com inúmeros problemas: capangas que não sabem nada além de crime, a polícia que está convencida de que ele está planejando algo ruim, e Oscar (Jim Mulholland), que acabou de engravidar sua filha Lisa (Marisa Tomei). 


Stallone está no seu auge, nesta comédia de erros, com um toque mafioso. Cada cena é embalada por diálogos memoráveis, ​​que você vai adorar usar com seus amigos e familiares. O elenco foi feito sob encomenda, com grandes atuações de Tim Curry (CONGO), Marisa Tomei (CORAÇÃO INDOMÁVEL), Yvonne De Carlo (OS MONSTROS), Don Ameche (Cocoon) e muitos outros rostos talentosos, que você reconhecerá rapidamente. 


Eu não sei o que mais, as pessoas esperam deste filme. OSCAR me parece uma comédia muito boa. Injustamente esquecida pelos críticos, determinados a condenar Stallone, por não ter sucesso em papéis cômicos. Posssui um bom ritmo, boas performances, diálogos inteligentes, e o roteiro é digno de grandes mestres da comédia, dos anos 50. O trabalho do diretor John Landis é, como de costume, direcionar atuações perfeitas. 


Ele está cercado por uma constelação de grandes atores e atrizes, que conferem um ambiente positivo ao desenvolvimento das ações. Se você for capaz de esquecer seu preconceito sobre Stallone, vai desfrutar desta magnífica e sólida produção, que bateu recordes de exibição na antiga Sessão da Tarde global. Nota 8,5.

Direção de John Landis.

Amantes de Verão (1982)

Summer Lovers. Um jovem casal americano, Michael (Peter Gallagher; SEXO, MENTIRAS E VIDEOTAPE) e Cathy (Daryl Hannah; SPLASH!), que acabaram de se formar na faculdade, se conhecem há cerca de 10 anos e estão em Santorini, uma ilha grega, para o verão. Lá, eles ficam deslumbrados com a beleza e a desinibição das pessoas que os rodeiam. Michael se encontra e começa um caso com Lina (Valérie Quennessen; atriz que infelizmente morreu jovem, em um acidente de carro em 1989), uma arqueóloga francesa que trabalha em uma escavação. Cathy descobre isso e vai confrontar a outra mulher. 


Lina admira muito o trabalho fotográfico de Cathy, e os três se tornam muito próximos, iniciando um curioso triângulo amoroso. O melhor aspecto do filme inclui o cenário convidativo, a trilha sonora ultra-pop e as performances surpreendentemente naturais dos atores principais. Outra vantagem, para muitos telespectadores, é o desfile ininterrupto de corpos, do jovem elenco internacional de figurantes. 


As falhas seriam o roteiro bem fraco, e uma edição ocasional que parece ter sido feita com algum tipo de "tesoura moral". A produção se beneficia extraordinariamente do local de filmagem. Se tivesse sido gravado em qualquer outro lugar, ele se tornaria o filme erótico mais brega de todos os tempos. Gallagher e Hannah obviamente tornaram as coisas muito melhores por aqui. Infelizmente, Quennessen morreu alguns anos depois de um acidente, e o ator holandês Hans Van Tongeren (no papel de Jan) se suicidou com um tiro, naquele mesmo ano. 


Essa produção é uma viagem no tempo ... um período de liberdade sexual, que inexplicavelmente permanece bastante inocente, apesar de toda sua polêmica, em um momento pré - doenças sexualmente transmissíveis. Nota 9.

Direção de Randal Kleiser.

sábado, 16 de novembro de 2019

Em Busca do Prazer (1984)

Em Busca do Prazer (1984). Where the boys are. Nesta versão feminina de PORKS, quatro alunas da faculdade: a ingênua Jennie (a cantora/atriz Lisa Hartman), a extrovertida Carole (Lorna Luft), a rica e mimada Sandra (Wendy Schaal) e a eufórica Laurie (Lynn-Holly Johnson), viajam para o Spring Break/Flórida, se envolvendo em uma série de aventuras e desventuras, que incluem Jennie sendo perseguida pelo músico escocês Scott (Russell Todd) e Sandra, pelo músico Camden (Daniel McDonald). 


Enquanto isso, Carole está buscando uma ruptura em seu relacionamento com o invejoso Chip (Howard McGillin) que a segue até a Flórida. Sandra também tenta um romance com o policial local, que a prende na primeira noite por estar bêbada, enquanto Laurie procura qualquer homem em quem possa pôr as mãos. Eu costumava assistir esse filme em VHS, nos anos 90. 


É um filme de praia meio grosseiro, feito para fazer você se divertir, com algumas boas risadas. As performances são sinceras, não realmente muito boas, mas você acaba gostando do grupo de atrizes, principalmente de Lisa Hartman, que também canta algumas faixas da trilha sonora. Os cenários naturais, e as cenas de festa são agradáveis, de uma forma trash, e é bem interessante ver os ricos personagens de classe alta, como Barbara e Camden, tão fora de lugar, em toda a loucura do Spring Break; ou melhor dizendo, quem visita seus amigos de família no Spring Break? 


O enredo deste filme é irrelevante, porque a sua diversão está justamente na sua falta de sentido. Recomendável para quem admira as comédias-praianas, com suas coelhinhas seminuas e suas piadas baratas. Um bom passatempo. Nota 8.

Direção de Hy Averback.

Um Grande Garoto (2002)

O personagem Marcus Brewer (Nicholas Hoult - MAD MAX 4), de 12 anos, mora com sua mãe solteira-deprimida, Fiona Brewer (Toni Collette - O SEXTO SENTIDO). Marcus fará tudo o que puder para deixar sua mãe feliz, incluindo apresentar pessoas para ela. Infelizmente, ele percebe que é diferente da maioria das crianças, e não consegue estabelecer contatos saudáveis. Enquanto isso, Will Freeman (o canastrão Hugh Grant), de trinta e oito anos, é um preguiçoso que vive confortavelmente, dos royalties de uma canção, escrita por seu falecido pai e, como tal, nunca teve que trabalhar um dia em sua vida. Ele é um homem solitário, e que se coloca como a primeira e única prioridade na vida. 


Will se depara com a ideia, de que namorar mães solteiras, satisfaria suas necessidades carnais egoístas. É nessa realidade que ele conhece Marcus, "filho" de uma das mães solteiras dos esquemas de Will. É muito difícil alguém que admira cinema, gostar dos filmes de Hugh Grant. Eles costumam ser ruins, do começo ao fim. Mas, eis que surge UM GRANDE GAROTO, com sua simplicidade e o poder de seus protagonistas. 


Nenhuma cena é desperdiçada aqui; cada uma nos conta uma riqueza sobre os personagens, e isso leva à autodescoberta e amadurecimento de Will, juntamente com o desempenho agradável de Hoult, e apoiado por uma grande atuação de Collette, como mãe. Tudo isso, faz de "About a Boy" um dos filmes mais interessantes, divertidos e emocionantes do começo dos anos 2000. 


É um ótimo filme familiar, altamente recomendado, especialmente para os fãs de Hugh Grant, ou para qualquer pessoa que já tenha simpatizado com Marcus, e sua situação familiar complicada. Um belo achado. Nota 8,5.

Direção de Chris Weitz e Paul Weitz.

sábado, 19 de outubro de 2019

Loucademia de Polícia Feminina (1989)

Loucademia de Polícia Feminina (1989). Vice Academy. Franquia-Paródia do clássico LOUCADEMIA DE POLICIA. Duas policiais femininas disfarçam-se para se aventurar no mundo do crime. Vários cadetes treinam em uma academia para ingressar no esquadrão de Hollywood. A esperta Didi (a sempre adorável Linnea Quigley, em boa forma), a idiota Shawnee (a bela morena Karen Russell) e Dwayne (Ken Abraham). Eles não apenas se infiltram em uma operação pornográfica, mas também em um esquema de prostituição notória. Enquanto a direção e o roteiro sem sentido, são pouco sofisticados, este filme ainda possui um certo ar agradável e que é impossível não gostar. 


Além disso, o elenco interpreta seus papéis com energia: Ginger Lynn Allen interpreta a mimada Holly Wells; Jayne Hamil é a instrutora rigorosa Miss Thelma Louise Devonshire; Stephen Steward é o bonitão pornô Chucky Long; Jean Carol é a malvada rainha Bee; Stephanie Bishop é a exigente diretora-pornô Desiree; Christian Barr é a ex-estrela pornô Cherry Pop, entre outros. 


Em algumas partes, dá a impressão de que o filme foi destinado a crianças, mas é muito atrevido para elas; ao mesmo tempo, não é atrevido o suficiente para os adultos - há talvez 1 minuto de nudez no total. É um filme sem muito brilho e audiência. Em um de seus primeiros papéis não-pornô, Ginger Lynn Allen mostra algum charme e deveria ter tido mais tempo na tela. 


O resto do filme é um pastiche de cenários baratos, atuação regular e guarda-roupa precário, um verdadeiro tumulto....mas ainda sim divertido como toda comédia-sacana deve ser. Ainda gerou mais cinco continuações, antes de desaparecer completamente das vídeo-locadoras. Nota 7,5.

Direção de Rick Sloane

sábado, 21 de setembro de 2019

Clube dos Cinco (1985)

Breakfast Club. Além de estar na mesma classe, Andrew (Emilio Stevez), John (Judd Nelson), Brian (Anthony Michael Hall) e Allison (Ally Sheedy), têm pouco em comum, e, com exceção de Claire (Molly Ringwald) e Andrew; não se conhecem na escola. Na melhor definição, Claire é uma princesa, Andrew um atleta, John um criminoso, Brian um cérebro e Allison uma pessoa obscura. Mas uma coisa que eles têm em comum, é uma detenção de nove horas na biblioteca, no sábado, sob a direção de Vernon (Paul Gleason), supervisionando tudo de seu escritório, do outro lado do corredor. Cada um deve escrever um texto auto-crítico, de no mínimo mil palavras durante o castigo. 


É claro, que as coisas não vão acontecer da maneira como o diretor planejava. O que torna o filme único, é que cada personagem conta sua própria história com credibilidade e persistência. Andrew Clark está sob pressão de seu pai, para apresentar bons resultados. O nerd Brian se destaca academicamente, mas está falhando nas aulas. 


Nem ele, nem sua família podem aceitar uma nota baixa. O delinquente John Bender, embora seja um bad boy por fora, mascara uma vida familiar difícil. A rainha do baile Claire, possui problemas com a unidade dos pais. Allison é solitária, tem poucos amigos, se veste de preto, e tem problemas semelhantes em casa. Este vínculo emocional, compartilhado na detenção será duradouro? Apesar de seus personagens estereotipados, representando inúmeros exemplos da vida real, este "drama/comédia" traz uma variedade de temas (e sem mi mi mi) ao seu contexto: preconceito, discriminação, aceitação, tolerância, diversidade, diferenças de classe, status, assuntos familiares, dinâmica de grupo, etc. 


Ele também nos incentiva a olhar para os outros, e para nós mesmos, além das aparências superficiais. BREAKFAST CLUB possui boa trilha sonora com SIMPLE MINDS ("Don't You (Forget about Me)), exibindo os valores culturais da década do "eu" (1980). Isso nos lembra que realmente existe diversidade em todos nós. Somos diferentes, mas somos todos "iguais", de uma maneira bizarra ou de outra rsrs. Nota 9,5

Direção de John Hughes.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Uma professora muito especial (1981)

E para comemorar a centésima publicação do blog, temos talvez, o maior clássico do gênero.........PRIVATE LESSONS. Comédia erótica juvenil, e primeiro filme da trilogia PRIVATE (os outros dois são: ESCOLA MUITO ESPECIAL PARA GAROTAS e FÉRIAS DO BARULHO). Phillip Filmore (Eric Brown) é um garoto ingênuo de 15 anos, interessado em garotas, que se apaixona por sua jovem empregada francesa Nicole Mallow (a atriz holandesa Sylvia Kristel, musa de filmes eróticos como EMMANUELLE, e que infelizmente faleceu em 2012), designada para cuidar dele, quando seu pai estiver fora da cidade durante o verão. 


Mas Lester Lewis (o grande ator Howard Hesseman), o motorista inescrupuloso, contrata Nicole, para um plano macabro, onde a babá fingirá sua própria morte (colocando a culpa em Philip), em um esquema de chantagem (Lester pede dinheiro a Philip, em troca de ajuda no desaparecimento do falso cadáver), destinado a roubar o fundo financeiro do garoto. Embora o assunto seja realmente sério, muitos momentos no filme são hilários. O ator Patrick Piccininni (infelizmente abandonou o cinema, e desapareceu da mídia) está impagável, como o melhor amigo gordinho de Phillip. 


Eric Brown é ainda melhor como Phillip, que não sabe ao certo como responder ao assédio de sua governanta atraente. "PRIVATE LESSONS", é mais do que apenas, uma versão invertida de "Lolita" - e bem mais divertido de assistir. No entanto, ele se junta a uma série de filmes adolescentes previsíveis, com a temática "garoto e professora/governanta sexy", como em "Minha professora de francês". O que eu mais gosto nessa produção, porém, é que ela não tem o ar pesado, do julgamento moral alheio. Os personagens são retratados, como donos de suas próprias vontades, o que é extremamente saudável.


Vale a pena pesquisar por esse excelente, embora envelhecido filme, em alguma loja de Dvds (se é, que elas ainda existem). Definitivamente, não é uma obra de alto nível, mas essa história do relacionamento sério, de um jovem de 15 anos, com sua sexy governanta francesa, foi um grande êxito na época de seu lançamento. Nota 8,5.

Direção de Alan Myerson.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Gatinhas e Gatões (1984)

A vida de Samantha (a genial Molly Ringwald; CLUBE DOS CINCO, GAROTA DE ROSA SHOCKING) está indo ladeira abaixo rapidamente. A jovem garota tem uma queda pelo rapaz mais popular do colégio, porém, o garoto mais nerd da escola está afim dela. Sua irmã vai se casar, e sua família não tem tempo para se lembrar de seu aniversário. Além disso, ela tem que lidar com um par de avós embaraçosos, um estudante de intercâmbio chamado Long Duk Dong (Gedde Watanabe), e muitos outros contratempos. Com tudo isso, temos a combinação perfeita para uma odisséia hilária juvenil. Produções como esta, personificam o que foi a década de oitenta. 


E se você foi criança naquela década, provavelmente vai se identificar com esse filme, muito mais do que a geração atual. A história é bastante simples, mas funciona bem. Molly Ringwald é particularmente profissional nisso, e ela é quase insubstituível no roteiro. Há vários rostos familiares, incluindo pequenas participações de muitas das atuais estrelas de cinema, como John & Joan Cusack, Jami Gertz e Anthony Michael Hall. 


Gatinhas...é um dos melhores filmes que John Hughes nos deu, nos anos 80. O elenco jovem, cheio de tantos talentos extraordinários, nos fornece uma cena memorável após a outra. Anthony M. Hall (MULHER NOTA MIL) esta particularmente eficaz, como líder dos alunos mais nerds do campus. O filme é bem-humorado, nunca se arrasta, e tem grandes personagens. Os avós detestáveis ​​de Samantha são particularmente especiais, é claro rsrsr.


Gatinhas...pode não ser considerado um clássico ainda, mas oferece algo atemporal para quem decide assisti-lo. Foi mais um título exibido na antiga Sessão da Tarde, batendo recordes de exibição, em algum lugar distante dos anos 80,90. Nota 9.

Direção de John Hughes.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

KENAN E KEL, dois caras muito doidos (1996-2000)

Seriado estrelado pelos comediantes Kel Mitchell e Kenan Thompson. Eles interpretam dois melhores amigos, que moram em Chicago, e estão sempre envolvidos nos esquemas de rápido enriquecimento de Kenan, enquanto Kel, viciado em refrigerante de laranja, acaba sempre estragando tudo. Esse show é realmente interessante. Muitos acreditam que Kenan&Kel são "descendentes diretos" de Will Smith e Carlton, de MALUCO NO PEDAÇO. É claro, que são situações diferentes, mas o humor é o mesmo. É divertido ver alguém agindo de maneira incrivelmente idiota. Kenan, que é o mais esperto dos dois, sempre inventa esquemas ostensivamente práticos, o que nunca dá certo, principalmente porque Kel se atrapalha todo. 


Note que Kel, geralmente é sempre quem cria confusão em primeiro lugar. Esta série, não é como outras comédias de situação, da época. Pela primeira vez, não há necessidade de se humilhar ninguém, para se extrair algumas risadas da platéia. Por alguma razão, quando Kenan & Kel se reuniam, possuiam química, como os antigos astros da comédia em preto-e-branco. 


Os dois se davam muito bem, e conseguiam entreter seu público-alvo. Esses dois caras, foram estrelas do canal Nick, de 1996 a 1999, e a parceria foi tão boa, que até fizeram um filme juntos: GOOD BURGER (esse não tão bom, quanto o seriado). Eu acho que Kenan e Kel foi uma ótima série, e espero que existam mais séries deles por vir. 


Os dois artistas continuam atuando recentemente, principalmente no humorístico Saturday Night Live, e na animação FRANGO-ROBÔ. O seriado foi exibido por anos na Rede Globo, e hoje está na grade do SBT. Nota 8,5. 

Direção de Kim Fields.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A Garota de Rosa-Shocking (1986)

A Adolescente Andie (a musa teen Molly Ringwald ) é uma das meninas menos populares do ensino médio. Ela geralmente sai com seus amigos Iona (Annie Potts, do filme CAÇA-FANTASMAS) e Duckie (Jon Cryer - do seriado DOIS HOMENS E MEIO). Duckie sempre teve uma queda por ela, mas agora ela conheceu um cara novo na escola, Blane (o grande Andrew McCarthy!). Ele é um dos caras ricos e populares. Será que esse conto-de-fadas pode ter um final feliz?. "Pretty in Pink" é um daqueles ótimos filmes para teens, que dominaram toda uma década.  Eu gosto dele por muitas razões. 


Molly Ringwald é a rainha dos filmes adolescentes nos anos 80. Ela é a causa, de todos esses filmes se tornarem clássicos. Eu também curti o fato, de poder ver aqui, estrelas como Kristy Swanson (A MALDIÇÃO DE SAMANTHA) e Gina Gershon (SHOWGIRLS) em começo de carreira. Nenhuma delas tinham diálogos, mas elas estavam nele. Certifique-se de ver essa comédia, se você tiver uma chance (na verdade, é um drama-romance, mas enfim). 


Romance ou não, é um bom filme.Tem uma trilha sonora fantástica, pessoas legais, grandes protagonistas (até James Spader, faz uma ponta aqui, como o amigo fresco de Blane), e um enredo inteligente, com algumas das cenas mais românticas daquele período. 


Ele define os anos do ensino médio oitentista, com suas turminhas esnobes, que ainda estão por aí até hoje, e os problemas que ocorrem, quando você se apaixona pela pessoa diferente, que pertence as outras "castas" mais altas. Temos também a curiosa participação de mais dois astros: Emily Longstreth e Andrew Dice Clay, ambos estrelaram em 1985, uma das melhores comédias da década, FÉRIAS DO BARULHO, ao lado de Johnny Depp. Nota 10.

Direção de Howard Deutch .

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Te Pego Lá Fora (1987)

Um nerd do ensino médio, Jerry Mitchell (Casey Siemaszko) é encarregado de escrever uma reportagem, para o jornal escolar, sobre o novo aluno Buddy Revell (Richard Tyson), que aparenta ser um maluco psicopata. Quando Jerry, no banheiro, acidentalmente toca no novato encrenqueiro, Buddy fica furioso, e afirma que acabará com a raça de Jerry, em uma briga, no estacionamento do colégio, às 3 da tarde. Jerry desesperado, agora fará praticamente qualquer coisa para evitar o confronto. Nenhum outro filme, consegue captar esse senso de individualidade da década oitentista, quanto em THREE O'CLOCK HIGH. 


Esta produção brilhante, apresenta um herói e um vilão, ambos são solitários. O herói, interpretado por Siemaszko, é um perdedor nato, aquele que não consegue falar em público e enfrenta o riso de todas as outras garotas. O vilão, um jovem Richard Tyson, que nasceu para desempenhar esse papel, é o psicopata bandido que nunca diz uma palavra e nunca permite que alguém o toque. 


Os dois solitários têm um encontro infeliz uma manhã e, quando Jerry Mitchell pede desculpas, ele acidentalmente toca na jaqueta de Buddy Revell. É aí que o drama começa, e logo toda a escola saberá a novidade: porrada às três horas. Buddy Revell vs Jerry Mitchell. THREE O 'CLOCK HIGH é dirigido e editado com sagacidade suprema. Cada segundo do dia é torturante. Cada tique do relógio, aproxima o público da desgraça, com um zoom mais perto, da testa suada de Jerry. Qualquer um, que puser os pés em uma escola ou colégio, sempre se lembrará das cenas. Ao interpretar em excesso, as coisas que vê ao seu redor, o medo de Jerry Mitchell se estende pela tela, e faz cócegas em seu estômago (e nos nossos também, é claro). 


Nenhum outro papel patético de perdedor, foi interpretado tão bem, desde então, na minha opinião. Destaque também para a atriz Stacey Glick, que interpreta a irmã de Jerry, e que infelizmente abandonou a carreira de atriz, depois desse filme. Outro grande clássico inesquecível da Sessão da Tarde, e que vale a pena ser visto, por todas as suas cenas cômicas e trágicas também. Nota 9.

Direção de Phil Joanou.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Meu Amante é de Outro Mundo (1988)

Comédia estrelada por Jim Carrey e Geena Davis. Três alienígenas peludos (e bizarros: Mac - Jeff Goldblum; Wiploc - Jim Carrey; e Zeebo - Damon Wayans) viajam pelo universo em uma espaçonave, quando recebem uma transmissão, com imagens de fêmeas humanas. Eles ficam fascinados por essas criaturas bem-feitas, e descobrem que a transmissão veio do sul da Califórnia, na Terra. Enquanto isso, a garota Valerie Gail (Geena Davis - O PEQUENO STUART LITTLE) sente que seu noivo distante, Dr. Ted Gallagher (Charles Rocket - DEBI E LÓIDE), está fugindo e decide seduzi-lo. Porém, ela o pega traindo-a com uma enfermeira. Então, decide jogá-lo para fora, esmagar suas coisas, e recusa-se a vê-lo novamente. Em meio a tudo isso, a nave espacial dos aliens, cai na piscina de Valerie. 


Ela os leva para dentro de sua casa. Os aliens revelam ser aprendizes rápidos, absorvendo a cultura e a linguagem populares americanas, através da televisão. Uma produção interessante, com um já talentoso Jim Carrey. Os efeitos especiais aqui são toscos, trata-se de uma paródia dos filmes B, dos anos 50. Quando a nave espacial chega, tenta-se reproduzir um autêntico efeito de 1950, não uma reprodução pobre, de tecnologia FX dos anos 80. 


De resto, temos bons valores de produção e direção cinematográfica, dando suporte a um grande elenco (aqui ainda temos um jovem Damon Wayans de EU, A PATROA E AS CRIANÇAS; além de Julie Brown - LOUCADEMIA DE POLÍCIA 2). 


Tudo isso produziu uma das mais esquizofrênicas comédias da década de 80, e que infelizmente acabou não tendo a merecida atenção, devido ao grande números de títulos bons, lançados naquele ano. Nota 8.

Direção de Julien Temple. 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

O Sócio (1996)

Laurel Ayres (Whoopi Goldberg) é uma empresária tentando trabalhar duro, em uma firma de investimento. Mas todos os outros investidores malandros, como Frank Peterson (Tim Daly), levam o seu crédito. Ela então sai, e começa sua própria empresa. Ao tentar encontrar clientes, Laurel finge que tem um parceiro masculino chamado Robert Cutty. E quando ela começa a se sair bem, todos os seus clientes querem conhecer Cutty, o que é difícil, já que ele não existe. Não é muito fácil julgar o estilo de Whoopi, alguns a amam, outros a detestam. Eu prefiro dizer que se trata de uma artista regular, as vezes faz bons papéis como em GHOST, as vezes faz coisas péssimas, como em MUDANÇA DE HÁBITO. 


O SÓCIO é levemente engraçado. Laurel cria um parceiro "silencioso", o Sr. Cutty, que nunca é visto. O mundo financeiro está em um frenesi para conhecê-lo, e sua aparição hilariante no Hotel Plaza, em vez de esclarecer as coisas, contribui para o seu mito. A atriz Dianne Wiest faz um bom papel, como a parceira Sally, uma mulher subestimada. Timothy Daly é perfeito, como o egoísta Frank. O elenco de apoio também é bom. Bebe Neuwirth, Eli Wallach, Austin Pendelton; e Lanie Kazan, como uma divertida escritora de fofocas financeiras. 


Apesar de ser previsível, O SÓCIO oferece alguns momentos engraçados. No geral, o enredo foi bem tratado, com a lição moral predominante, sendo que em todas as esferas da vida, haverá pessoas que são talentosas, mas às vezes passam despercebidas, se não se encaixam no padrão racial (ou outro) usual. A única parte da trama em que as coisas se perdem, foi a aparição do personagem imaginário no hotel; isso foi desleixado e simplesmente não funcionou.


E explodi-lo em um carro - um homem que nem existia - também pareceu um pouco maluco. Mas, além dessas duas questões, o restante está muito bem. Não, não é o maior filme de comédia de todos os tempos, mas é bastante decente, e possui uma bela lição moral. Nota 8,5.

Direção de Donald Petrie.