quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O Brinquedo (1982)

Em uma das visitas anuais de seu filho mimado Eric (Scott Schwartz); o milionário norte-americano Bates (Jackie Gleason), convida o garoto para sua loja de departamentos e deixa ele escolher qualquer coisa como presente. Surpreendentemente, Eric escolhe como presente, o zelador atrapalhado Jack Brown (Richard Pryor), que o fez rir com suas palhaçadas. A princípio, Brown sofre muitas humilhações como o "brinquedo" de Eric, mas aos poucos ensina ao menino solitário o que é ter, e ser amigo de alguém. 


É simplesmente um filme divertido e encantador, sobre um menino que decide ter como companhia, o brinquedo "Jack Brown", por uma semana, enquanto ele visita seu poderoso pai. Piadas e lições de vida são os objetivos. Deve-se notar que Schwartz, que também interpretou "Flick" em CONTO DE NATAL, co-estrelou em filmes hardcore XXX, virtualmente destruindo qualquer chance de continuar na indústria dos filmes sérios. 


Esta produção foi um remake americanizado, de uma produção francesa (assim como em TRÊS SOLTEIRÕES E UM BEBÊ). A carreira de Richard Pryor já estava em decadência, quando resolver aceitar este papel de gosto duvidoso (muitos associaram ao racismo, a ideia principal do enredo). Durante os anos setenta, Pryor foi um comediante inovador, que ampliou os limites do gênero. Na década de 80, ele estava estrelando qualquer coisa que lhe pagasse generosamente, não que o filme seja ruim, mas se fosse hoje em dia, acho que não seria viável. A produção sofre de alguns problemas, para dizer o mínimo. Scott Schwarz é chato como o garoto, sim, ele deveria ser, mas seu desempenho em muitos níveis é irritante. 


Há algumas cenas desconfortáveis ​​em relação à babá alemã do menino, e também uma cena embaraçosa, em que o menino faz a Pryor algumas perguntas sobre sexo...Eu acho que se você não levar isso a sério, encontrará alguma maneira de assisti-lo. Ainda não é um clássico, mas uma bela curiosidade apreciada pelos fãs de Richard Pryor. Nota 8.

Direção de Richard Donner.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Irmãos Cara-de-Pau (1980).

Depois da saída de Jake Blues (John Belushi, lendário falecido humorista) da prisão, ele e o irmão Elwood (Dan Aykroyd) vão visitar "The Penguin" (Kathleen Freeman), a última das freiras que os criaram em um colégio interno. Eles descobrem que a Arquidiocese vai parar de sustentar a escola, e vender o local para a Autoridade da Educação. A única maneira de manter o local aberto, é se o imposto de US $ 5000 da propriedade for pago no prazo de 11 dias. Os irmãos querem ajudar, e decidem juntar sua banda de blues e levantar o dinheiro com um grande show. 


Quando partem para a "missão de Deus", eles arrumam muitos inimigos ao longo do caminho. Eles conseguirão arranjar o dinheiro a tempo? ...Com uma ótima trilha sonora, performances e personagens, The Blues Brothers é um excelente pedaço da história do cinema. Esta produção é um manual de como construir uma comédia bem trabalhada, e extremamente divertida. O período em que foi editado e seus idealizadores, deram controle criativo total para a equipe por trás do filme, que lhes permitiram praticamente fazer o que quisessem (Múltiplos acidentes de carro, explosões, etc.). 


Há partes que não possuem sentido, mas esses pequenos problemas são facilmente dissociáveis, fazendo parte da brincadeira. Eu recomendaria este filme para todos os críticos e espectadores comuns, que gostariam de conhecer mais sobre um dos maiores gênios do humor, o americano John Belushi (uma das estrelas do Saturday Nigh Live e que infelizmente morreu de overdose em 1982; sendo também irmão de outro astro, James Belushi ), além disso a música é fenomenal, o elenco é incrível (temos aqui John Candy, Carrie Fisher, Steve Lawrence, a modelo Twiggy, Frank Oz, John Landis, Paul Reubens, Steve Spielberg etc.) e a história é ótima. 


As lendas da música neste filme também são ótimas (John Lee Hooker, Chaka Khan, Matt Murphy, Donald Dunn, Aretha Franklin, Ray Charles etc.). Elas não são apenas um nome aleatório extra, muitos deles desempenham um papel importante em toda trama. Em conclusão, eu recomendo esta produção, se você quiser ouvir um som, ver uma bela dança, bem como dar boas risadas. Nota 10.

Direção de John Landis.